A Bandeira Nacional, símbolo augusto de nossa Pátria, foi adotada conforme Decreto Nº 4, de 19 de novembro de 1889, após o Brasil passar a adotar o regime de governo republicano. Não obstante a apresentação de projetos contendo mudanças radicais na antiga bandeira do Império – desenhada pelo francês Jean Baptiste Debret – venceu o bom senso e a tradição, sendo aceita a proposta de Teixeira Mendes, chefe da Igreja Positivista do Brasil, que manteve as cores verde e amarela e ressaltou ao justificar seu projeto que o novo símbolo correspondia a tudo quanto o antigo (do império) tinha de essencial – “Ele lembra, naturalmente, a fase do Brasil-colônia nas cores azul e branco que matizam a esfera, ao mesmo tempo que esta recorda o período do Brasil-reino por trazer à memória a esfera armilar. Desperta a lembrança da fé religiosa dos nossos antepassados e o descobrimento desta parte da América, não por meio de um sinal [...] mas por meio de uma constelação, cuja imagem só pode fomentar a mais vasta fraternidade”. Ficou a Bandeira representada por um losango amarelo em campo verde, tendo no meio a esfera azul-celeste, atravessada por uma zona branca em sentido oblíquo descendo da esquerda para direita com a legenda –“Ordem e Progresso”– inspirada no lema positivista: “o amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim”. Dentro da esfera está representado o céu da cidade do Rio de Janeiro, com a Constelação do Cruzeiro do Sul, correspondendo ao aspecto do céu às 8:30 horas do dia 15 de novembro de 1889, dia da Proclamação da República.
Fonte:
OS SÍMBOLOS NACIONAIS. Presidência da República, Brasília
TRADIÇÕES DO MAR ( USOS, COSTUMES E LINGUAGENS). Serviço de Relações Públicas da Marinha, Brasília- DF, 1987.
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